Arquivos: antídotos do esquecimento social
DOI:
https://doi.org/10.62758/re.v1i3.56Palavras-chave:
Arquivo, Memória, IdentidadeResumo
Evidencia-se que a contribuição social do arquivo segue o trajeto da memória e da identidade. O próprio caráter da gênese de formação dos conjuntos documentais, nos arquivos, bem como o caráter comprobatório de seus documentos incita a reflexão sobre a importância de se utilizar as informações documentais arquivísticas no intuito de que elas possam contribuir para questões relativas ao combate de esquecimentos relacionados a atividades, acontecimentos e fatos na qual culminem na questão da memória. Memória essa capaz de fazer vir à tona a identidade, a história, a cultura dos cidadãos. Por isso, prezou-se por demonstrar que o arquivo é suporte de memória, tendo em vista seu poder de materializá-la nos documentos. A perspectiva de uma memória materializada revela-se uma solução para a não-proliferação do esquecimento social de parcelas societárias.
Referências
BARROS, D.S; NEVES, D. A. de B. Arquivo e memória: uma relação indissociável. Transinformação, Campinas, v.21, n.1, p.55-61, jan./abr.,2009. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-37862009000100004
BELLOTTO, H. L. A imagem do arquivista na sociedade e o ensino da Arquivologia. Arquivo & História: Revista do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, n.2, 70p., 1996.
________. Documento de arquivo e sociedade. Ciências & Letras, Porto Alegre, n.31, p.167-175, 2002.
BENEYTO, J. Informação e Sociedade: os mecanismos sociais da atividade informativa. Petropólis: Vozes, 1974. 208p.
BRASIL. Lei n. 8.159, de 8 de janeiro de 1991. Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências. Diário Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, n.6, p.455, 9 de jan., 1991.
BUCKLAND, M. K. Information as thing. Journal of the American Society for Information Science (JASIS), v.5, n.5, p.351-360, 1991. DOI: https://doi.org/10.1002/(SICI)1097-4571(199106)42:5<351::AID-ASI5>3.0.CO;2-3
CARENO, M. F. do. A lei 10639, a diversidade cultural e racial e as práticas escolares. In: Jornal Bolando Aula de História, n.46, 2004. Disponível em: <http://www.scribd.com/doc/7018978/BAH-2046> . Acesso em: 10 set. 2010.
COOK, T. Arquivos pessoais e arquivos institucionais: para um entendimento arquivístico comum da formação da memória em um mundo pós-moderno. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.11, n.21, p.129-152, 1998.
FERREIRA, L. E. Memória do Conselho Municipal do Negro de Marília: um recorte arquivístico. 2009. Marília: Unesp, 2009. 149f. TCC (Graduação) – Curso de Arquivologia – Faculdade de Filosofia e Ciências, Universidade Estadual Paulista.
FREYRE, G. Casa grande & senzala. 12.ed. Brasília: Ed. UnB, 1963. 495p.
GOMES, N. L. Alguns termos e conceitos presentes no debate sobre as relações raciais no Brasil: uma breve discussão. In: Educação anti-racista: caminhos abertos pela Lei Federal nº10.639/03. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2005. p.39-62
HALBWACHS, M. A memória voletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
JARDIM, J. M. A invenção da memória nos arquivos públicos. Ciência da Informação. Brasília, v.25, n.2, 1995. Disponível em: <http://revista.ibict.br/index.php/ciinf/article/view/439/397>. Acesso em: 28 set. 2007.
LE GOFF, J. Memória. In: GIL, Fernandes (Coord.). Enciclopédia Einaudi. Lisboa: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1984. p.11-50
LOWENTHAL, D. Como conhecemos o passado. Projeto História: Revista do Programa de Pós-Graduação em História e do Departamento de História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. São Paulo, n.17, p.63-180, nov. 1998.
MACHADO, M. B. P. Caixas de memória. Ciências & Letras. Porto Alegre, n.31, p.297-305, 2002.
MAIO, M. C. O projeto Unesco e a agenda das ciências sociais no Brasil dos anos 40 e 50. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v.14, n.41, p.142-158, 1999. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69091999000300009
NOGUEIRA, O. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem. In: Tanto preto quanto branco: estudos de relações raciais no Brasil. São Paulo: Queiroz, 1985. p.66-93
NORA, P. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História: Revista do Programa de Pós-Graduação em História e do Departamento de História da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, v.10, p.7-28, dez. 1993.
POLLAK, M. Memória e identidade social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v.5, n.10, p.200-212, 1992.
RAMÓN ALBERCH. Archivos, memoria y conocimiento. In: Archivos y cultura: manual de dinamización. Espanha: Ediciones Trea. 2001. p.13-26
RODRIGUES, Ana Célia. Tipologia documental como parâmetro de classificação e avaliação em arquivos municipais. Cadernos de Estudos Municipais, Universidade do Minho (Portugal), v.17/18, p.11-46, jun./dez, 2005.
SCHWARCZ, L. K. M. Usos e abusos na mestiçagem e da raça no Brasil: uma história das teorias raciais em finais do século XIX. Revista Afro-Ásia, n.18, p.77-101, 1996. Disponível em: <http://www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia_n18_p77.pdf>. Acesso em: 03 nov. 2009. DOI: https://doi.org/10.9771/aa.v0i18.20901
SILVA, J. A. da.; ESTEVÃO, S. N. de. M; FONSECA, V. M. M. da. O guia brasileiro e as fontes arquivísticas. In: O Guia Brasileiro de Fontes: Arquivo & Administração.1988.
VON SIMSON, O. R. de M. Memória, cultura e poder na sociedade do esquecimento: o exemplo do centro de memória da UNICAMP. 2006. Disponível em: <http://lite.fae.unicamp.br/revista/cultura.html >. Acesso em: 10 maio 2008.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Revista EDICIC
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Associação detém os direitos autorais dos textos que publica e adota a licença Creative Commons, CC BY 4.0 DEED Atribuição 4.0 Internacional (https://creativecommons.org/
Você tem o direito de:
- Compartilhar: copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
- Adaptar: remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.