Não-usuário de informação como implicado(r): desafios praxiológicos para pesquisa, formação e prática profissional
DOI:
https://doi.org/10.62758/re.v2i2.176Palavras-chave:
Usuário de Informação, Não-Usuário de Informação, Mediação de Informação, Praxiologia, Pesquisa, Formação e Prática ProfissionalResumo
Considerando as limitações do conceito de “usuário de informação”, objetiva-se suscitar reflexões sobre desafios teórico-conceituais – e aplicados – no âmbito da pesquisa, do ensino e da prática profissional em unidades e entidades de mediação da informação, tendo em vista o “não-usuário” como implicado(r) na/da ação de mediação. Para tanto, emprega-se, heuristicamente, a diferenciação de paradigmas da ciência dominante e emergente, bem como a distinção dos paradigmas da informação. Complementarmente se utilizou das categorias “implicador(es)” e “implicado(s)” para situar os sujeitos em ação. Para a descrição do diagnóstico teórico foram trabalhados os conceitos “usuário”, “sujeito” e “não-usuário” de informação em contextos de “mediação”, onde se inserem, como proposta, o emprego de praxiologias “receptivas” no bojo da atuação de pesquisadores, de docentes e de profissionais “contemporâneos” à área de informação. Defende-se, ao final, alternativas praxiológicas por meio da realização de “estudos de usuário e não-usuário”, de modo que se possa efetivar “estudos de informação e comunidade”.
Referências
Almeida Junior, O. F. (2015). Mediação da informação: um conceito atualizado. In S. Bortolin, R. J. Silva, & J. Santos Neto, A. Mediação oral da informação e da leitura. ABECIN.
Araújo, C. A. Á. (2017). O que são “práticas informacionais”? Inf. Pauta, 2, 217-236. DOI: https://doi.org/10.22478/ufpb.1981-0695.2018v13n2.43265
Araújo, C. A. Á. (2021). A contribuição da perspectiva praxiológica para os estudos de usuários de informação. In G. C. Tanus, J. A. P. Rocha & I. C. L. W. Berti (Eds.), Práticas informacionais em diálogo com as ciências sociais e humanas. Rocha Gráfica e Ed.
Capurro, R. (2007). Epistemología y Ciencia de la Información. Enl@ace, 4(1), 11-29.
Costa, M. F. O. (2014). Concepções dos estudos de usuários na visão dos professores dos cursos de biblioteconomia brasileiros. 2014. [Tese de doutorado em Ciência da Informação) – Universidade Estadual Paulista, Marília.
Fallis, D. (2015). What Is Disinformation? Library Trends, 63(3) 401-426. DOI: https://doi.org/10.1353/lib.2015.0014
Floridi, L. (2015). Is Semantic information meaningful data? Philosophy and Phenomenological Research, LXX (2).
Flusser, V. (1980). Uma biblioteca verdadeiramente pública. Rev. Esc. Bibliotecon. UFMG, 9(2) 131-138.
Gomes, H. F. (2020). Mediação da Informação e suas dimensões dialógica, estética, formativa, ética e política: um fundamento da Ciência da Informação em favor do protagonismo social. Inf. & Soc.: Est., 30(4), 1-23. DOI: https://doi.org/10.22478/ufpb.1809-4783.2020v30n4.57047
Kalil, I. & Santini, R. M. (2020). Coronavírus, Pandemia, Infodemia e Política [Relatório de pesquisa]. https://www.fespsp.org.br/store/file_source/FESPSP/Documentos/Coronavirus-e-infodemia.pdf.
Passos, L. A. P. (2022). Não-público (não-usuários) em cursos de graduação das áreas de Biblioteconomia, Documentação, Gestão e Ciência da Informação no Brasil [Monografia, Graduação em Biblioteconomia, Universidade de Brasília]. Universidade de Brasília.
Rabello, R. (2013). Noções de sujeito em modelos teóricos na Ciência da Informação: do enfoque no sistema à consideração da agência em contexto. Inf. & Soc.: Est., 23(3), 57-71.
Rabello, R. (2021). Práticas informacionais, usuário e ralé estrutural como não-público: praxiologias restritiva ou receptiva. In G. C. Tanus, J. A. P. Rocha & I. C. L. W. Berti (Eds.), Práticas informacionais em diálogo com as ciências sociais e humanas. Rocha Gráfica e Ed.
Rabello, R. (2022). Mediação da informação em presença: situacionalidade, transitoriedade e simetria entre implicadores e implicados. Logeion: Filosofia da Informação, 9(1) 62-90. https://revista.ibict.br/fiinf/article/view/6090. DOI: https://doi.org/10.21728/logeion.2022v9n1.p62-90
Rabello, R. & Almeida Junior, O. F. (2020). Usuário de informação e ralé estrutural como não-público: reflexões sobre desigualdade e invisibilidade social em unidades de informação. Inf. & Soc.: Est., 30(4), 1-24. DOI: https://doi.org/10.22478/ufpb.1809-4783.2020v30n4.57350
Rasche, F. (2005). Questões éticas para bibliotecários. Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, Florianópolis, (19) 21-33 https://periodicos.ufsc.br/index.php/eb/article/view/1518-2924.2005v10n19p21. DOI: https://doi.org/10.5007/1518-2924.2005v10n19p21
Rendón-Rojas, M. Á. & García-Cervantes, A. L. (2012). El sujeto informacional en el contexto contemporáneo: un análisis desde la epistemología de la identidad comunitaria-informacional. Enc. Bibli, 17(33), 30-45. DOI: https://doi.org/10.5007/1518-2924.2012v17n33p30
Santos, B. de S. (2008). Um discurso sobre as ciências. Cortez.
Savolainen, R. (2008). Everyday information practices: a social phenomenological perspective. Scarecrow Press.
Silva, C. C. O. & Bernardino, M. C. R. (2015). Percepções sobre biblioteca inclusiva. Revista Folha de Rosto, 1(1) 30-43. https://periodicos.ufca.edu.br/ojs/index.php/folhaderosto/article/view/5.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista EDICIC
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A Associação detém os direitos autorais dos textos que publica e adota a licença Creative Commons, CC BY 4.0 DEED Atribuição 4.0 Internacional (https://creativecommons.org/
Você tem o direito de:
- Compartilhar: copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato para qualquer fim, mesmo que comercial.
- Adaptar: remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.