Conhecimento científico como gerador de inovação: panorama dos pesquisadores de Angola 2016 a 2018
DOI:
https://doi.org/10.62758/re.v3i4.269Palavras-chave:
Conhecimento Científico, Inovação, Pesquisadores, Instituições de Ensino Superior, AngolaResumo
A realidade das universidades angolanas em relação à investigação científica voltada à inovação, ainda, carece de estratégias e ações que a viabilizem efetivamente, pois considera-se que a inovação gerada nesse contexto é fator determinante para o desenvolvimento do País. A inovação é um aspecto que deve fazer parte das instituições de ensino superior, principalmente por estas serem geradoras de conhecimento que impactam social e economicamente em uma comunidade local, regional e/ou nacional. Tratando-se de Angola, alguns passos têm sido dado, porém diante dos problemas do País e da pouca oferta de pesquisadores com formação em nível de pós-graduação nas universidades, se constitui em um fator limitador para a geração de inovação. Nessa perspectiva, objetivou-se analisar o cenário dos pesquisadores de Angola no período de 2016 e 2018, e seu impacto na investigação científica para a geração de inovação. Em relação aos procedimentos metodológicos, a natureza da pesquisa é qualiquantitativa, do tipo descritiva e exploratória e documental. A pesquisa documental se valeu de documentos primários, tais como: decretos, leis, resoluções e outros instrumentos legais e fontes secundários tais como: anuários estatísticos do ensino superior de 2016 a 2018. Estes foram úteis para evidenciar as estatísticas relativas aos docentes e pesquisadores de Angola nos anos em estudo. No que tange a identificação das políticas públicas, foi feita por decretos e leis governamentais de Angola. Em relação aos resultados, os dados de 2016 a 2018 sobre o panorama do ensino superior em Angola, contempla setenta e duas instituições de ensino superior, das quais vinte e cinco públicas e quarenta e sete privadas. No âmbito das instituições de ensino superior públicas verificou-se 638 doutores e 1.814 mestres em 2016, e nos anos seguintes pode-se observar um incremento de 59 doutores e apenas de 4 (quatro) mestres em 2017, enquanto em 2018 houve um aumento considerável de quase 652 doutores e 1.088 mestres. Em relação as instituições de ensino superior privadas, para os anos em estudo, os anuários estatísticos não contemplam dados de pesquisadores neste setor. Identificou-se a existência de políticas públicas que visam o aumento do capital humano qualificado para a investigação, a fim de atingir o desenvolvimento social e econômico. A política pública sobre a aprovação do Decreto Presidencial nº 109/19, que institui o estatuto da carreira de investigador científico, destaca-se como um elemento essencial para a geração de inovação no âmbito da pesquisa.
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