A responsabilidade social e informacional no âmbito do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.62758/re.v1i1.20Palavras-chave:
Responsabilidade Social, Responsabilidade Informacional, Inclusão Social, Inclusão InformacionalResumo
No início do século passado a maior responsabilidade da Biblioteconomia era a preservação do material bibliográfico. Já no meio do referido século surgiram os ingleses e demonstraram que, muito mais que preservar, a grande responsabilidade seria a divulgação do material bibliográfico. É claro que tanto as bibliotecas como a indústria editorial se desenvolveram no mundo anglo-saxão e esses países determinaram a hegemonia econômica, educacional e informacional da humanidade. Durante a guerra fria, mas especificamente com o lançamento do Sputinik pelos russos, o mundo, principalmente os Estados Unidos da América (EUA) despertou para as necessidades do controle bibliográfico e de uma nova maneira de formar profissionais da informação com capacidade para avaliar informação estratégica. No início dos anos sessenta as obras de Scarpit denominadas ‘fome de ler e revolução do livro’, passam a demonstrar que o livro não era somente para o lazer ou para finalidade didática, demonstram que o livro era também o grande caminho para a inclusão social. No final da década de oitenta Masuda defende que a humanidade estava saindo de uma sociedade pós-industrial e ingressando numa sociedade da informação. Informação como sinônimo de riqueza, de inclusão social e de geração de uma política de emprego e renda. Em seguida surgem a globalização e a revolução tecnológica que criam em todas ás áreas do saber, especialmente na Ciência Informação, novas profissões e, ao mesmo tempo, rompem diversos paradigmas e, também, acabam com velhas profissões. Os desafios aumentam para a Ciência da Informação: como acabar com a exclusão social?; como formar público leitor utilizando material bibliográfico, digital e informacional? Surge, então, a questão da alfabetização informacional e da competência informacional, demonstrando que a alfabetização informacional é tão importante como a alfabetização educacional. Os novos desafios passam a ser como a Ciência da Informação vai participar da terceira revolução em que cientistas defendem a convergência científica e, também, como a Ciência da Informação vai participar reduzindo o gap entre conhecimento e políticas públicas?
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