Incentivos ao empreendedorismo para a geração de inovação em Angola
DOI:
https://doi.org/10.62758/re.v2i2.130Palavras-chave:
Empreendedorismo, Geração de Inovação, Desenvolvimento Econômico, AngolaResumo
A geração de inovação no âmbito do empreendedorismo visando o desenvolvimento econômico tem alinhamento com o mercado, cujos resultados obtidos por meio do conhecimento ‘novo’ ou incremental se transforma em valor econômico. Desse modo, destaca-se que é fundamental haver interação entre os principais agentes de inovação: governo, universidade/instituição de pesquisa e empresa. O estudo visou analisar as estratégias de incentivo ao empreendedorismo para geração de inovação em Angola. No que tange aos procedimentos metodológicos, trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa do tipo descritiva e exploratória. Realizou-se a análise da legislação angolana voltada ao empreendedorismo e à inovação. Além disso, mapeou-se os portais de inovação e analisou-se as informações referentes ao empreendedorismo e à inovação em Angola. Identificou-se as políticas públicas de inovação, enfocando as que proporcionam desenvolvimento econômico alinhadas às necessidades locais e nacionais. No contexto internacional, pela primeira vez Angola se fez presente no Índice Global de Inovação de 2021, resultados do investimento em inovação. Nessa perspectiva, Angola ficou em 119º lugar no que tange ao pilar capital humano e pesquisa, em relação aos produtos de conhecimento e tecnologia e produtos criativos ocupou o 129º e o 130º lugares respetivamente. No que concerne as estratégias voltadas ao empreendedorismo, observou-se que as incubadoras de empresas, têm propiciado um ambiente que favorece a criação e o desenvolvimento de produtos e serviços, em especial os intensivos em conhecimento. Os atores que desenvolvem as ações de inovação em Angola são: instituições de ensino superior, empreendedores, empresas, investidores, entidades públicas e organizações para o desenvolvimento. Destaca-se o programa ‘Inova Angola’, rede de transferência de tecnologia e inovação, que visa congregar a comunidade de inovadores em um só local como, por exemplo, instituições de ensino superior, startups, empresas, empreendedores, investigadores e investidores. Destaca-se, também, a ‘Aceleradora Angolana’, iniciativa voltada às microempresas, englobando vários programas com foco em iniciativas empreendedoras, captando jovens e mulheres que possuem ideias de negócio sólida ou empresas em fase inicial, orientando as ações necessárias aos empreendimentos. O ‘Laboratório de Inovação do Sistema de Pagamentos’, projeto da ‘Aceleradora Angolana’, engloba alguns programas como a ‘Incubadora Fintech’ lançada pelo Banco Nacional de Angola em parceria com o Ministério de Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, cujo propósito é selecionar startups fintech. Ressalta-se que mesmo existindo várias iniciativas em Angola, visando criar um ambiente favorável à inovação e ao empreendedorismo e, assim, constituindo um ecossistema de inovação, é necessário expandir essas iniciativas no País, instituindo um sistema nacional de inovação que funcione com mais eficiência, apoiando a interação entre governo, universidade e empresa.
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