Revista EDICIC, San José (Costa Rica), v.4, e-4424, p.1-19, 2024. ISSN: 2236-5753
Este documento tiene licencia bajo la Creative Commons Attribution 4.0 International.
Indicadores bibliométricos da produção científica sobre o tema gestão da
diversidade
Thiago Giordano de Souza Siqueira, Universidade Estadual Paulista (Unesp), Brasil,
https://orcid.org/0000-0001-7364-100X
Tatiana Brandão Fernandes, Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Brasil,
https://orcid.org/0000-0002-4286-1859
DOI: 10.62758/re.4424
RESUMO
Este estudo busca analisar a evolução cronológica da temática da "gestão da diversidade", utilizando
técnicas da Bibliometria para avaliar o desenvolvimento dos artigos publicados em língua portuguesa
e indexados em bases de dados. Adota uma abordagem qualitativa e quantitativa, com uma base
teórico-metodológica. Utiliza a Revisão Sistemática de Literatura para estabelecer critérios de seleção
e extração de dados, seguida pela aplicação de análises bibliométricas para identificar os autores mais
citados na área. A revisão sistemática da literatura revela que a produção em língua portuguesa sobre
gestão da diversidade emerge em 2004, principalmente em publicações multidisciplinares, embora
com uma orientação predominantemente administrativa. A maioria das produções é realizada de
forma coletiva, envolvendo autores com vínculos em instituições públicas. Os 14 artigos analisados
citam 30 autores com mais frequência. A perspectiva da gestão da diversidade abordada nos artigos
está majoritariamente concentrada em organizações privadas e empresariais, limitando-se a questões
étnico-raciais, pessoas com deficiência e identidade de gênero/sexual. Esses resultados destacam
características, lacunas e tendências do conhecimento produzido no contexto brasileiro.
Palavras-Chave: Bibliometria; Análise de Citação; Diversidade; Gestão da Diversidade; Ciência da
Informação.
Indicadores bibliométricos de la producción científica en el tema de gestión de la
diversidad
RESUMEN
Esta investigación busca analizar la evolución cronológica de la temática de "gestión de la diversidad",
utilizando técnicas de bibliometría para evaluar el desarrollo de los artículos publicados en lengua
portuguesa e indexados en bases de datos. Adopta un enfoque cualitativo y cuantitativo, con una base
teórico-metodológica. Utiliza la Revisión Sistemática de Literatura para establecer criterios de
selección y extracción de datos, seguida por la aplicación de análisis bibliométricos para identificar a
los autores más citados en el área. La revisión sistemática de la literatura revela que la producción en
lengua portuguesa sobre gestión de la diversidad emerge en 2004, principalmente en publicaciones
multidisciplinarias, aunque con una orientación predominantemente administrativa. La mayoría de las
producciones se realizan de forma colectiva, involucrando a autores con vínculos en instituciones
públicas. Los 14 artículos analizados citan con mayor frecuencia a 30 autores. La perspectiva de gestión
de la diversidad abordada en los artículos se concentra principalmente en organizaciones privadas y
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empresariales, limitándose a cuestiones étnico-raciales, personas con discapacidad e identidad de
género/sexual. Estos resultados destacan características, lagunas y tendencias del conocimiento
producido en el contexto brasileño.
Palabras-Clave: Bibliometría; Análisis de Citas; Diversidad; Gestión de la Diversidad; Ciencias de la
Información.
Bibliometric indicators of scientific production on the topic diversity management
ABSTRACT
This study aims to analyze the chronological evolution of the theme of "diversity management", using
bibliometric techniques to evaluate the development of articles published in Portuguese and indexed
in databases. It adopts a qualitative and quantitative approach, with a theoretical-methodological
basis. It uses Systematic Literature Review to establish criteria for selection and data extraction,
followed by the application of bibliometric analysis to identify the most cited authors in the field. The
systematic review of the literature reveals that the production in Portuguese on diversity management
emerged in 2004, mainly in multidisciplinary publications, although with a predominantly
administrative orientation. Most productions are carried out collectively, involving authors with
affiliations in public institutions. The 14 articles analyzed cite 30 authors most frequently. The
perspective of diversity management addressed in the articles is predominantly focused on private
and business organizations, limited to ethnic-racial issues, people with disabilities, and gender/sexual
identity. These results highlight characteristics, gaps, and trends in the knowledge produced in the
Brazilian context.
Keywords: Bibliometric; Citation Analysis; Diversity; Diversity Management; Information Science.
1 INTRODUÇÃO
Os estudos bibliométricos têm se apresentado como uma forma de avaliar quantitativamente
diferentes aspectos a partir de volumes de dados da produção científica, permitindo conhecer os
domínios científicos, levantando as tendências de estudos, amadurecimento de temáticas além de
trazer indicadores da produção que facilitam o acompanhamento do desenvolvimento da ciência.
Estudos bibliométricos podem ser aplicados a produção científica de qualquer área do
conhecimento, a qualquer temática e, nesta pesquisa, realizou-se uma análise da temática Gestão da
Diversidade, que tem sido discutida como um modelo de gestão embasado em atitudes e
comportamentos que permeiam as relações humanas e sustentáveis pautadas na ética, pluralidade e
respeito a diversidade.
Estudos sobre a Diversidade têm se ampliado, sobretudo nas últimas décadas e se estendido
a diferentes setores da sociedade. A Agenda 2030, instrumento que norteia políticas públicas e
exigências para empresas, para além da questão econômica, traz em seu escopo a gestão da
diversidade e a contribuição das empresas para sua promoção no âmbito dos objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS) (Nascimento et al., 2022).
Reconhecer a importância da diversidade é gerar um fator de vantagens nas organizações, uma
vez que diferentes culturas, pensamentos, ideias e estilos de vidas, ao serem compartilhados como
diferentes experiências podem proporcionar resultados e contribuir para a geração de valor. Isso
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ocorre porque a motivação intrínseca a cada um dos indivíduos contribui para o aumento da
produtividade, como resultado das conexões entre os atores envolvidos.
O interesse em explorar a produção sobre a temática emergiu a partir das reflexões realizadas
no âmbito da disciplina Informação e Comunicação na Gestão Organizacional para a Diversidade:
sentidos, discursos e práticas sociais, ofertada pelo Programa de Pós-graduação em Ciência da
Informação, da Universidade Estadual Paulista, câmpus de Marília.
Isso posto, a gestão da diversidade é um tema de crescente importância no contexto
organizacional e social, influenciando políticas, práticas de gestão de pessoas e de equipes. Uma
análise bibliométrica sobre o tema é oportuna não apenas para fornecer um panorama das pesquisas
já realizadas, como também conhecer as tendências e lacunas no conhecimento.
Ademais, tal análise pode revelar como o discurso sobre diversidade e inclusão evoluiu,
refletindo mudanças na sociedade e nos valores organizacionais, e indicando áreas que necessitam de
maior atenção acadêmica e prática.
Dentro desse escopo, o estudo proposto buscou identificar quem são os autores de
publicações em língua portuguesa sobre a temática e a partir destes realizar análise relacional de
citação como um método para a identificação de domínios científicos.
2 COMPREENDENDO A DIVERSIDADE E A GESTÃO DA DIVERSIDADE NAS ORGANIZAÇÕES
Historicamente, a discussão acerca de planos de ações afirmativas em igualdade de gênero e
raça em ambientes de trabalho foram amadurecendo no Estados Unidos até serem incorporados a Lei
dos Direitos Civis em 1964. No entanto, o termo gestão da diversidade só foi cunhado anos mais tarde,
em 1990 por Roosevelt Thomas, passando a ser utilizado em todo o mundo (Kell & Dobbin, 1998).
Para Thomas (1991), a gestão da diversidade é a estratégia de negócios adotada pelas
organizações para o recrutamento, seleção e desenvolvimento inclusivo de indivíduos de uma
variedade de origens. A partir da década de 1990, a diversidade passou a ganhar notoriedade nos
estudos organizacionais principalmente no campo da Administração, onde a preocupação em
“administrar a diversidade”. No entanto, a sua consolidação apresenta dificuldades devido ao
entendimento e concepção restritos à raça, etnia e gênero. Quando na verdade, deveria ser
compreendido como um misto de pessoas com identidades grupais diferentes dentro de um mesmo
sistema social. (Nkomo & Cox Jr., 1999).
Todavia, continua sem consenso sobre a natureza desse construto ou seus fundamentos
teóricos. Nesse sentido, apresenta-se uma lente para refletir como vem sendo discutido na literatura
os aspectos de diversidade e gestão da diversidade.
Diferentes autores buscaram conceituar diversidade, mas não uma única definição aceita
globalmente (Yadav & Lenkaj, 2020). Diversidade é sobre diferenças e diferenças entre as pessoas.
Embora uma organização possa ser caracterizada como homogênea, mas os funcionários variam de
acordo com a sua identidade social, ou seja, idade, sexo, raça, valores, crenças.
De acordo com Soranz (2009) a diversidade relaciona-se às características observáveis que são
aquelas prontamente reconhecidas como: raça, cor, gênero, idade, etnia ou desabilidade física; e
características não observáveis, caracterizada por atributos subliminares, como personalidade,
religião, educação, dentre outras.
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Nessa linha de distinções Soranz (2009) traz reflexões a partir do entendimento da diversidade
cultural e não da força de trabalho. Estabelecendo distinções de classificações interessantes a partir
da revisão de conceitos realizada por Mor Barak (2005) no campo das ciências sociais que objetivou
criar um conceito de diversidade da força de trabalho que pudessem sanar limitações de definições
previamente existentes e que não atendiam culturas específicas.
Assim, Mor Barak (2005) propõe a “diversidade visível e invisível”; quanto às percepções as
diferenças e comunalidades, temos a diversidade “perceptível e não perceptível”, proposta por
Thomas (1996) ou ainda reconhecidas pelas características “observáveis e não-observáveis
defendidas por Milliken & Martins (1996) e Kochan, Bezrukova, Ely, Jackson, Joshi, Jehn, Leonard,
Levine & Thomas (2003) em que se distinguem por estarem legalmente protegidas contra a
discriminação: gênero, raça, etnia, idade; e aquelas marcadas por diferenças culturais, cognitivas e
técnicas entre os colaboradores, portanto, sendo subjetivas.
No que se refere a diversidade no âmbito organizacional Nkomo & Cox Jr (1999) enfatizam
grupos sociais que são colocados tradicionalmente a margem, como as mulheres, os negros e os
portadores de algum tipo de deficiência, e problemas advindos da diversidade, como, por exemplo, o
preconceito e o assédio.
A diversidade inclui todos, não é algo que seja definido por raça ou gênero. Estende-se à idade,
história pessoal e corporativa, formação educacional, função e personalidade. Inclui estilo de vida,
preferência sexual, origem geográfica, tempo de serviço na organização, status de privilégio ou de não
privilégio e administração ou não administração (Thomas apud Nkomo & Cox Jr, 1999, p. 334-335).
Assim, podemos considerar também nos aspectos elencados, as condições de saúde,
condições de imigrantes e refugiados, diversidade estética, posicionamento político etc. Consistente
com esta perspectiva, considera-se que diversidade é representatividade, e inclusão é valorização. A
inclusão surge como estratégia de valorização destas características que tornam únicas as identidades.
Uma cultura de inclusão existe quando “pessoas de todos os grupos de identidade social tem
a oportunidade de estar presentes, de ter suas vozes ouvidas e apreciadas e de se envolver em
atividades essenciais no nome do coletivo” (Wasserman; Gallegos & Ferdman 2008, p. 176, tradução
nossa). Sugerindo, portanto, que membros de diferentes tipos de grupos possam ser procurados,
ouvidos e lhes permitido o acesso a um lugar de poder e tomada de decisão.
No entanto, esse aspecto não deve ser limitado à menção da diversidade nas organizações,
apesar de ser observado um certo grau de progresso e resistência aos esforços de diversidade e
inclusão. Wasserman; Gallegos & Ferdman (2008) sugerem que os esforços de mudança fracassados
têm menos a ver com a resistência em si e mais com a história que é contada sobre ela no diálogo
interno da organização e como os líderes e membros das organizações se apropriam do discurso numa
tentativa de renunciar à responsabilidade e a responsabilização e, por esse motivo, a resistência
precisa ser enquadrada como uma expressão das complexidades e desafios dos esforços de
diversidade e inclusão para assumir o papel da diversidade enquanto instrumento protagonista de
mudança.
Somado a isso, podem amplificar as possibilidades criativas, inovativas e de resultados ao
assumir que a diversidade seja elemento de maior harmonia no trabalho e oportunidade para agregar
valor à organização inclusive “conduzindo a uma vantagem competitiva" (Cox Jr & Blake, 1991, p. 45).
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Contudo, para que a garantia desse compromisso ético nas organizações ocorra é necessário
que haja a preparação das organizações para desenvolver uma gestão que abranja a diversidade no
seu corpo de colaboradores, assim:
[...] para que seja efetiva, a gestão da diversidade precisa de uma implementação planejada, o que
significa que é necessário um alinhamento com todos os aspectos da política de recursos humanos
da organização, com destaque para as práticas de recrutamento, seleção, remuneração,
treinamento e cultura organizacional (Maccali; Kuabara & Kuabashi, 2015, p.160).
Há quem apresente críticas à gestão da diversidade nas organizações, merecendo destaque o
estudo de Alves & Galeão-Silva (2004) que questionam os programas de gestão da diversidade e sua
implementação no Brasil. Isso porque acreditam que se trata da adaptação de um discurso que surgiu
nos Estados, respaldado em ações afirmativas, instrumentos institucionais e práticas políticas que
forçaram a reconhecer o preconceito como algo institucionalizado e que poderia ser superado. Ou
seja, surgiu com a finalidade de reduzir o preconceito permeado nas relações excludentes por meio de
ações e atitudes preconceituosas a grupos marginalizados por não possuírem um padrão entendido
como convencional pela sociedade.
Tal modelo de gestão quando importada ao contexto brasileiro foi convertida com duas
ideologias tipicamente nacionais. A primeira, denominada ideologia tecnocrática que norteia a
organização centrada para o mercado bem como tenta buscar a neutralidade na função da
administração das empresas baseada na cientificidade moderna onde gestores e técnicos
especialistas; e a segunda denominada ideologia da democracia brasileira onde “[...] passou a anunciar
o Brasil como o país da convivência harmônica entre brancos, negros e índios [...]” (Alves & Galeão-
Silva, 2004, p.26).
Embora tenha sido crescente a preocupação com a diversidade organizacional tanto pelas
organizações quanto pela academia, possivelmente impulsionada pelo contexto global quanto pela
dimensão legal e instrumentos normativos que a exigem, é evidente que o lado pessoal da gestão da
diversidade organizacional precisa ser olhado com maior cuidado devido as particularidades. E isso
ocorre no momento de selecionar, e integrar, pois
Os mecanismos de recrutamento e seleção representam a face visível da contradição da ação
afirmativa com a lógica de mercado, pois é mais custoso recrutar as pessoas discriminadas do que
apenas buscar os trabalhadores disponíveis no mercado. Os discriminados são menos abundantes
na qualificação requerida às ocupações valorizadas e o custo de selecionar e recrutar a partir de
uma lógica estranha ao mercado é uma das raízes das restrições à ação afirmativa, raízes estas
ancoradas no argumento de que as ações afirmativas ameaçam o sistema de mérito (Alves &
Galeão-Silva, 2004, p.26).
Dessa maneira, considerando que as organizações empresariais neste caso - são
consideradas instrumentos de modificação da sociedade, deveriam incluir, nos procedimentos de
recrutamento e seleção, critérios não discriminatórios, sobretudo porque o capitalismo não faz tal
distinção entre consumidores e trabalhadores. Portanto, ao pensarmos na organização do trabalho a
atividade de recrutamento e seleção deveria ater-se à reprodução do capital, pois a função útil dos
indivíduos nessa lógica concentra-se na produção e no consumo sem considerar quaisquer outras
distinções.
Nesse sentido, a gestão da diversidade tecida a partir das práticas sobre inclusão da
diversidade nas organizações devem considerar primeiramente a criação de uma cultura
organizacional capaz de internalizar tal proposta como uma filosofia compartilhada pela força de
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trabalho e apoiadas em políticas internas, preferencialmente declaradas nos valores organizacionais.
Isso porque, inclusive, preparará a equipe existente para receber novos colaboradores e assim
minimizando possíveis comportamentos e atitudes de rejeição e aceitação das práticas de diversidade
ocasionadas de forma consciente ou inconsciente devido a estigmas existentes na sociedade.
3 ASPECTOS CONCEITUAIS DOS ESTUDOS MÉTRICOS DA INFORMAÇÃO
O termo Bibliometria faz parte da disciplina de Estudos Métricos da Informação (EMI), porém
ganhou evidência com Paul Otlet em 1934, no Tratado da Documentação, sendo antes esta ciência
conhecida como bibliografia estatística, termo cunhado por Hulme em 1923. Entretanto, o termo
consolidou-se apenas em 1969, após a publicação do artigo de Pritchard, sob o título “Bibliografia
estatística ou Bibliometria?” (Vanti, 2002). Em síntese, pode ficar mais evidente que
Os "Estudos Métricos" compreendem o conjunto de estudos relacionados à avaliação da
informação produzida, mais especialmente científica, em diferentes suportes, baseados em
recursos quantitativos como ferramentas de análise. Fundamentados na sociologia da ciência, na
ciência da informação, matemática, estatística e computação, são estudos de natureza teórico-
conceitual, quando contribuem para o avanço do conhecimento da própria temática, propondo
novos conceitos e indicadores, bem como reflexões e análises relativas à área. São, também, de
natureza metodológica, quando se propõem a dar sustentação aos trabalhos de caráter teórico da
área onde estão aplicados (Oliveira & Grácio, 2011, p.19).
No Brasil, a bibliometria é bem valorada pela política científica. Isso porque as citações
transformadas em indicadores podem falar muito sobre a produção científica, não apenas restrita aos
números, mas por permitir a descrição das fontes de informação e conhecer as relações possíveis,
sejam elas convergentes ou divergentes dentro de um campo de pesquisa.
Assim, a bibliometria por sua vez se manifesta por meio da análise quantitativa da ciência
materializada pelas publicações científicas que se configuram como registro formal da ciência, ou seja,
os periódicos. Considerando a diversidade das áreas: quem cita, o quanto cita, como cita e em que
período cita. Surgiu com uma tentativa de análise da atividade científica como fenômeno social, é
estudar os fatos e o desempenho científico.
Os indicadores bibliométricos podem ser expressos em indicadores de atividade ou de
produção e outros que focam o impacto das citações e servindo como instrumento de análise para
tomada de decisões e ver como se desenvolve as frentes de pesquisa. Não é um tema fácil porque
aborda muitas partes teóricas e metodológicas, portanto tentou-se esquematizar conforme a Figura
1, que aponta não só os indicadores bibliométricos da produção científica, mas as unidades de análise
no âmbito de cada indicador.
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Figura 1: Indicadores bibliométricos e suas respectivas unidades de análise
Fonte: Elaboração própria (2023).
Ademais, a Bibliometria possui três leis básicas: Lei de Bradford (produtividade de periódicos),
Lei de Lotka (produtividades de autores) e Lei de Zipf (frequência de ocorrência de palavras). A lei de
Bradford é também conhecida como de lei da dispersão e “[...] permite, mediante a medição da
produtividade das revistas, estabelecer o núcleo e as áreas de dispersão sobre um determinado
assunto em um mesmo conjunto de revistas” (Vanti, 2002, p.253). Tais leis buscam conhecer e
descrever a concentração da produção científica em determinado assunto ou área do conhecimento,
cada uma com suas respectivas particularidades.
As redes de colaboração científica compreendem o envolvimento de pesquisadores que
cooperam de modo interpessoal, interinstitucional ou internacional. E estão agrupados normalmente
por características comuns em função de seus conhecimentos especializados (Katz & Martin, 1997). Os
indicadores de concentração / dispersão fornecem informações sobre como os artigos estão
distribuídos entre diferentes autores, periódicos, instituições ou países.
O que pode ser considerado uma barreira na identificação dos artigos que tratam da temática
é a dificuldade metodológica e computacional para fazer análise de citação. É preciso fazer uma
limpeza de dados, analisar as citações para ver se estão abreviados de maneira correta e mesmo assim
há os padrões que mudam de acordo com as bases de dados ou políticas editoriais de cada periódico
científico.
Indicadores
Bibliométricos
Indicadores de
atividade ou
produção
Número de
publicações por:
Autor
Revista
Instituição
País
Tema
Concentração/
Dispersão Colaboração
Autor
Instituição
País
Tema
Indicadores de
impacto
Citações
recebidas
Autor
Revista
País
Instituição
Tema
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Entretanto, é importante enfatizar que dados numéricos, ainda que coletados
sistematicamente transformem-se em informação quando podem ser analisados e possibilitarem uma
avaliação que dê subsídios a uma ação efetiva através do auxílio de alguns instrumentos. Além disso é
preciso destacar que a escolha do indicador mais adequado depende do contexto da análise e dos
dados disponíveis.
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Este estudo emprega métodos quantitativos e qualitativos em uma abordagem exploratório-
descritiva, recorrendo a técnicas bibliométricas para a análise de dados. Fundamenta-se no
"paradigma social", conforme articulado por Oliveira (2018, p. 46), que busca ampliar a investigação
das interações entre informação e indivíduo para abranger o contexto histórico e social. Esta
abordagem enriquecida proporciona uma visão mais complexa das inter-relações entre informação,
indivíduos e a sociedade.
O objetivo principal é realizar uma análise da produção científica referente à gestão da
diversidade, com o propósito de identificar tendências, temas predominantes e autores proeminentes.
O intuito é fornecer um mapeamento detalhado do estado atual do conhecimento nesse campo,
visando também propor direções promissoras para pesquisas futuras.
Além do objetivo geral de mapear o estado da arte na gestão da diversidade, este estudo
também se propôs a atingir objetivos específicos. Primeiramente, foi realizada uma análise
quantitativa da produção científica sobre o tema ao longo dos anos, visando compreender seu
crescimento e distribuição temporal. Em seguida, identificaram-se os principais periódicos, autores e
artigos que contribuíram de maneira significativa para o avanço do conhecimento nesse campo,
destacando as fontes de informação mais relevantes e os líderes de pensamento. Por fim, analisou-se
como o tema da gestão da diversidade vem sendo abordado na literatura, explorando as diferentes
perspectivas teóricas e metodológicas adotadas pelos pesquisadores, e como essas abordagens se
interconectaram e evoluíram ao longo do tempo.
Apoiada nos critérios do protocolo de revisão sistemática de literatura em artigos de língua
portuguesa e posteriormente uma pesquisa bibliográfica para identificação e seleção dos materiais.
Isso porque a revisão sistemática de literatura serviu para padronizar a busca, recuperação e seleção
de títulos e dessa forma avaliar a pertinência destes à temática proposta para análise.
A revisão sistemática é um processo para sintetizar evidências minimizando o viés por meio de
uma busca exaustiva de literatura publicada (Tranfield et al., 2003 tradução nossa). a revisão de
literatura é sempre recomendada para o levantamento da produção científica disponível e para a
(re)construção de redes de pensamentos e conceitos, que articulam saberes de diversas fontes na
tentativa de trilhar caminhos na direção daquilo que se deseja conhecer.
No entanto, este método, de caráter descritivo-discursivo, não costuma apresentar
características de reprodutibilidade e repetibilidade, tornando-se demasiadamente empírico, obscuro,
e/ou inconclusivo na opinião de alguns pesquisadores (Segura-Muñoz et al., 2002), o que pode ser
considerado uma limitação neste estudo.
Realizou-se a busca nas bases de informações bibliográficas Library & Information Science
Collection da Library & Information Science Abstracts (LISA), Scientific Electronic Library Online
(SciELO), SCOPUS e Web of Science (WoS) (Coleção Principal) no dia 06/05/2021. Em todas as bases
foram mantidos o registro da estratégia de busca apresentada no Quadro 1.
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A escolha dessas bases de dados foi motivada por diversos fatores chave: sua relevância
temática específica, que as torna particularmente pertinentes ao campo de estudo; uma ampla
cobertura geográfica e linguística, garantindo a inclusão de uma diversidade de perspectivas; a alta
qualidade e o impacto significativo das publicações que indexam, assegurando a fiabilidade e a
relevância das fontes; os recursos avançados de busca e análise disponíveis, facilitando a realização de
estudos bibliométricos sofisticados; e, por fim, a capacidade de estas bases proporcionarem uma visão
holística e multidisciplinar da literatura existente.
Concluída a busca, iniciou-se a avaliação dos resultados recuperados e selecionou-se os
estudos elegíveis. Quanto ao estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de artigos
recuperados na literatura foram incluídos, artigos de periódicos e artigos de conferência, publicados
em língua portuguesa, com a ocorrência do termo "gestão da diversidade" ou sinônimo constando no
título, resumo ou palavras-chave. Considerando ainda aqueles que apresentassem um resumo e
estivessem disponíveis integralmente para leitura nas bases selecionadas.
Como parte dos critérios de exclusão, retirou-se da amostra os trabalhos publicados em outros
idiomas e aqueles que não apresentaram resumo. Além disso, foram retirados os estudos não
continham o termo gestão da diversidade ou sinônimo no título, resumo ou palavras-chave. Não
foram considerados também os artigos que não utilizaram gestão da diversidade relacionado a
organizações, assim como os artigos de revisão.
Reconhece-se e abordam-se as limitações práticas inerentes ao estudo, optando-se por
concentrar a busca em materiais exclusivamente em língua portuguesa. Esta decisão foi tomada face
às restrições de recursos e tempo disponíveis, que impedem a realização de uma análise abrangente
em múltiplos idiomas sem comprometer a profundidade ou a qualidade da revisão. Ademais, tal
escolha visa destacar e valorizar as contribuições específicas da literatura científica em português,
frequentemente ofuscadas em revisões que priorizam publicações em inglês. Ao delinear esse recorte,
o estudo não apenas garante uma coesão metodológica, facilitando a compreensão e análise dos
dados, mas também enfatiza a importância de explorar e reconhecer o corpus de trabalho produzido
em português.
Após a coleta, os dados foram extraídos em formato RIS e BibTeX e importados para o software
StArt (State of the Art through Systematic Review), versão 2.3.4, desenvolvido pelo Laboratório de
Pesquisa em Engenharia de Software (LAPES), do Departamento de Ciência da Computação da
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Trata-se de uma ferramenta para realização da revisão
sistemática proposta.
O Quadro 1 demonstra como foram preenchidos os critérios do protocolo no StArt.
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Quadro 1: Preenchimento dos campos fundamentais do protocolo de busca no StArt
Fontes de
Informação
Estratégia de busca
utilizadas nas bases
Critérios de Inclusão (I) e Exclusão (E)
LISA
("gestão da
diversidade" OR
"diversity
management") AND
(organização OR
organization
(I) Artigo de periódico ou conferência.
(I) Referencia o termo "gestão da diversidade" ou sinônimo em título, resumo ou
palavras-chave.
(I) Texto disponível integralmente na base selecionada.
(E) Não apresenta resumo.
(E)Não está em língua portuguesa.
(E)Utiliza revisão sistemática como método.
(E) Não apresenta "gestão da diversidade" ou sinônimo em título, resumo ou
palavras-chave.
(E) Não utiliza gestão da diversidade relacionado a organizações.
SciELO
SCOPUS
WoS
Fonte: Elaboração própria (2023).
Na fase da coleta foram identificados 23 artigos. Ainda nessa fase foi identificado um artigo
duplicado (que possui mesmo título, autor e ano de publicação) e por isso, excluído. Outro artigo
identificado apresentou os campos vazios. Dessa forma, restaram 21 artigos, os quais, após aplicação
dos critérios de seleção, rejeitou-se 7, pois não atenderam aos critérios. Totalizando, portanto, a
representatividade da precisão de 66,67% (n=14) para a fase de extração.
Congregado o corpus dos 14 artigos, foram analisados individualmente com apoio do registro
dos dados em planilhas eletrônicas, onde foram extraídos os seguintes dados: Nome do(s) autor(es) +
filiação institucional, ano da publicação do artigo e título da publicação onde foi publicado o artigo,
quantidade de referências (Quadro 2).
Para representar os dados graficamente, foram utilizados: Microsoft Excel (Versão 2016) para
elaboração dos gráficos de natureza quantitativa e UCINET (Versão 6 para Windows) que é um
software para análise de redes sociais (ARS) e permitiu gerar os gráficos das redes de colaboração
científica. Assim, a partir das referências citadas nos artigos puderam ser destacados os
posicionamentos representantes da frente de pesquisa sobre o tema.
Pretende-se neste estudo se utilizar das leis de Bradford e Lotka. A primeira, por permitir
estimar o grau de relevância de periódicos por área do conhecimento/ temática. A partir da aplicação
da Lei de Bradford é possível identificar o conjunto de periódicos que representam determinado
assunto pela quantidade de artigos publicados, sugerindo que estes formam um núcleo onde se
evidencia uma concentração de artigos caracterizados supostamente por uma maior qualidade ou
relevância para aquela área.
A segunda, a Lei de Lotka, por conhecer quem são os autores principais de um domínio ou uma
temática, considerando que alguns pesquisadores podem supostamente apresentar notoriedade em
uma determinada área do conhecimento.
5 RESULTADOS
Entre os periódicos que têm disseminado a produção sobre a temática “gestão da diversidade”
no campo multidisciplinar e nas fontes consultadas (Quadro 1), não mais que uma publicação, ainda
que em anos distintos. Pode ser observado ainda que a publicação sobre a temática emerge em 2004
e possui publicações mais frequentes nos anos de 2010 e 2020.
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Quadro 2: Identificação de periódicos, ano de publicação, título dos artigos, nº de referências,
autoria e filiação dos autores
N.
Revista
Ano
Título do Artigo
Qtde. de
Referências
Autoria
Filiação dos Autores
1
Organizações &
Sociedade
2004
Batom, pó de arroz e microchips: o falso
paradoxo entre as dimensões masculina
e feminina nas organizações e a gestão
de pessoas
31
Vasconcelos;
Vasconcelos;
Mascarenhas
(2) EASP/Fundação
Getúlio Vargas
2
RAE eletrônica
2009
Da estratégia individual à ação coletiva:
grupos de suporte e gênero no
contexto da gestão da diversidade
59
Brunstein; Jaime
(2) Universidade
Presbiteriana Mackenzie
3
Revista de
Administração
Contemporânea
2010
Ser ou não ser favorável às práticas de
diversidade? Eis a questão
59
Pereira; Hanashiro
(2) Universidade
Presbiteriana Mackenzie
4
Revista de
Administração de
Empresas
2010
Socialização organizacional de pessoas
com deficiência
52
Carvalho-Freitas;
Toledo;
Nepomuceno;
Suzano; Almeida
(4) Universidade Federal
deo João Del
Rei; (1) Universidade
Federal de Minas Gerais
5
Cadernos
EBAPE.BR
2011
O tempo como dimensão de pesquisa
sobre uma política de diversidade e
relações de trabalho
53
Irigaray; Vergara
(2) EBAPE/Fundação
Getúlio Vargas
6
Psicologia: Ciência
e Profissão
2013
O desafio da convivência: assessoria de
diversidade e apoio aos cotistas (2004-
2008)
44
Jesus
(1) Universidade de
Brasília
7
Revista de
Administração
Mackenzie
2015
As práticas de recursos humanos para a
gestão da diversidade: a inclusão de
deficientes intelectuais em uma
federação pública do Brasil
40
Maccali; Kuabara;
Takahashi; Roglio;
Boehs
(5) Universidade Federal
do Paraná
8
Diálogo
2015
Gestão da diversidade e a
sustentabilidade nas relações
humanas: um estudo aplicado a uma
empresa do interior do Rio Grande do
Sul
20
Kochhann; Oliveira;
Santos; Piveta;
Obregon;
Rodrigues
(6) Universidade Federal
de Santa Maria
9
Teoria e Prática
em Administração
2016
Tatuagens, piercings e diversidade
cultural: o que gestores dizem sobre
esse tema?
52
Barbosa; Brito;
Bizarria
(2) Universidade Federal
do Paiauí; (1)
Universidade de Fortaleza
10
Holos
2017
Os desafios para a inclusão de pessoas
com deficiência em organizações da
construção civil
35
Silva; Rocha Neto;
Brito; Barreto;
Gurgel
(5) Universidade Potiguar
11
ginas A&B:
Arquivos &
Bibliotecas
2018
Envelhecimento e idadismo na profissão
de informação-documentação: debater
o que não sabemos no presente,
perspetivar o futuro
72
Oca; Barata
(1) Universidade Nova de
Lisboa; (1) Biblioteca
Nacional de Portugal
12
Revista Ciências
Administrativas
2019
I see your true colors: a diversidade
dos recursos humanos no Hotel Village
Premium
27
Silva; Carvalho
(2) Universidade Federal
da Paraíba
13
Revista
Internacional de
Relaciones
Públicas
2020
Os profissionais de relações públicas e
comunicação: competências para a
diversidade
19
rsigo; Athaydes;
Alves
(1) Universidade Federal
de Santa Maria;
(2) Universidade Luterana
do Brasil
14
ACM International
Conference
Proceeding Series
2020
Towards a model for managing diversity
and inclusion in software development
teams
24
Miranda;
Prikladnicki
(2) Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande
do Sul
Fonte: Elaboração própria (2023).
Este resultado sugere que o Brasil começou a acompanhar abordagem da temática nos anos
2000 e, tendo em vista que se trata de uma temática que, embora venha amadurecendo nos Estados
Unidos a partir de 1964, só foi estabelecida por meio da cunhagem do termo em 1990 por Roosevelt
Thomas. (Kelly & Dobbin, 1998). A introdução e a evolução dessa temática no Brasil, portanto, refletem
um atraso temporal em relação aos Estados Unidos. Entretanto, esse engajamento tardio não diminui
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a importância da adoção e adaptação do conceito no contexto brasileiro. Ao contrário, sinaliza um
momento de transição e de crescente reconhecimento da relevância da questão, que começa a ganhar
contornos próprios à medida que se entrelaça com as especificidades socioculturais e históricas do
país.
O Gráfico 1 aponta quando o termo começou a ocorrer em livros indexados pela ferramenta
Google Books. O gráfico foi gerado pela ferramenta Google Books Ngram Viewer a partir de 1985. Tal
ferramenta possibilita a consulta rápida sobre termos nas publicações indexadas na Plataforma até
2019.
Gráfico 1: Incidência do termo Gestão da Diversidade nas produções indexadas pela Plataforma
Google Books (1985-2019)
Fonte: Elaborado a partir do Google Books Ngram Viewer (2023).
A Agenda de 2030, discutida na Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU) em 2015, definiu
metas mundiais para todos os países elaborando uma lista de objetivos de desenvolvimento
sustentável (ODS) partindo de quatro principais dimensões: social, ambiental, econômica e
institucional.
Com ênfase no ODS 5 (igualdade de gênero) e no ODS 10 (redução das desigualdades) as
empresas têm buscado cada vez mais se adaptar a estas metas (Nascimento et al., 2022), o que pode
ser um indicativo do aumento das publicações, sobretudo, a partir de 2010, levando em consideração
que a diversidade tem se consolidado na pauta empresarial em todo o mundo, especialmente em
virtude das diferenças na força de trabalho nas últimas décadas, mas que ainda se fazem presentes
nas organizações dificultando o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS),
propostos no documento (Chancel, Hough, & Voituriez, 2018).
Quanto a produção de artigos, para o total de 14 produzidos em parceria (n=13) ou
individualmente (n=1), no período de 2004 a 2020, encontrou-se um total de 43 autores ou
pesquisadores citantes, entre brasileiros e estrangeiros.
Como se pode observar a maior parte dos artigos correspondente a (93%) foram escritos em
coautoria distribuídos respectivamente em escritas em dupla (44%); em trio (21%) e quinteto (21%)
sendo menos usual a escrita individual (7%) e em sexteto (7%). A alta porcentagem de artigos escritos
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em coautoria sugere uma forte preferência ou tendência para a colaboração na pesquisa. Isso pode
ser interpretado como uma valorização das múltiplas perspectivas e especializações que a coautoria
traz para a produção científica, potencialmente enriquecendo o trabalho. O segundo maior tipo de
parceria, em duplas, sugere que trabalhar em parcerias estreitas, possibilita uma colaboração mais
intensa e focada.
Observa-se que não houve a presença de escrita em quarteto. A ausência de quartetos pode
ser uma coincidência estatística ou talvez indique uma preferência menos comum. E no que diz
respeito a escrita individual, esta representa apenas 7% da produção total, destacando que a pesquisa
colaborativa é muito mais comum nesse campo ou conjunto de dados.
Não foi identificado autor que tiveram duas publicações ou mais, o que sugere que se trata de
um tema periférico na língua portuguesa, ou seja, sua exploração ainda é incipiente e confirma um
longo caminho para o amadurecimento da temática ao se observar os resultados.
É possível que o corpus selecionado não represente adequadamente as tendências de
publicações dos autores mais produtivos. Além disso, diversas outras variáveis podem desempenhar
um papel importante. Inicialmente, as políticas editoriais das revistas ou conferências incluídas no
estudo podem afetar a distribuição das publicações. Adicionalmente, a trajetória profissional dos
pesquisadores também pode ter um impacto significativo nos padrões de publicação. Por exemplo,
aqueles no início de suas carreiras ou que recentemente alteraram suas áreas de pesquisa tendem a
apresentar menos publicações no corpus analisado. Da mesma forma, pesquisadores que priorizam a
qualidade sobre a quantidade em suas produções podem optar por publicar menos trabalhos, focando
em contribuições mais significativas.
Sugere-se também que estes resultados podem estar associados a escolha dos termos para a
pesquisa. O uso de outras palavras-chaves poderia ampliar o resultado, no entanto, haveria a
necessidade de analisar a especificidade dos artigos, a fim de excluir aqueles que não servem para a
amostra.
Nessa primeira fase, não tivemos elementos que evidenciam os mais produtivos, visto que
nenhum deles publicaram mais de um artigo. Também não foi constatada a existência da publicação
de mais de um artigo sobre a temática no mesmo periódico. Os dados parecem revelar uma tendência
da produção científica sobre diversos estudos bibliométricos que identificaram a predominância de
publicação de artigos em coautoria. Isso porque a colaboração científica apresenta como vantagens a
ampliação da visibilidade, o incremento da produção científica e circulação de conhecimento entre
diferentes grupos de pesquisadores (Katz & Martin, 1997). O escopo dos artigos analisados, evidenciou
um corpus de 587 referências.
Para cada um dos artigos foram identificados a ocorrência de autores mais citados bem como
o tipo de diversidade abordada e o tipo de organização estudada (Figura 2). E foram considerados
aqueles que tiveram citações em pelo menos dois trabalhos distintos como primeiro autor.
Essa característica se faz importante para conhecer o grau de prestígio, influência e a
visibilidade dentro de uma área temática considerando que “A visibilidade é uma característica
inerente à comunicação científica, uma vez que ‘representa a capacidade que uma fonte de
informação possui de influenciar seu público alvo [sic] e de ser acessada em resposta a uma demanda
de informação’ (Packer & Meneghini, 2006, p. 237 apud Oliveira, 2018, p.61).
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Figura 2: Relacionamento tipo de diversidade e tipo de organização abordados nos artigos
Fonte: Elaboração própria (2023).
Nota-se que as instituições privadas (8) apresentam mais estudos realizados e isso pode ser
fomentado pela preocupação em ter uma boa imagem com os clientes pensando estrategicamente no
mercado. E quanto ao tipo de diversidade abordada temos as questões étnico-racial (4), pessoas com
deficiência (3) e identidade de gênero/sexual (3).
Parece haver uma correlação significativa entre as instituições privadas e o número de estudos
realizados sobre diversidade, sugerindo que essas instituições estão mais engajadas nessas questões
em comparação com outros setores. Essa tendência pode ser atribuída à preocupação das instituições
privadas em manter uma boa imagem com os clientes, o que pode ser parte de uma estratégia mais
ampla para se destacar no mercado competitivo.
Além disso, os estudos mencionados abordam principalmente questões étnico-raciais,
seguidas por questões relacionadas a pessoas com deficiência e identidade de gênero/sexual,
indicando os principais focos de interesse ou preocupação dentro dessas instituições.
Embora as instituições privadas possam demonstrar um maior envolvimento em questões de
diversidade, as instituições públicas enfrentam desafios distintos que podem limitar sua capacidade
de implementar iniciativas similares. Outro fator de interferência pode ser as culturas organizacionais
que também variam entre setores público e privado, com as instituições públicas muitas vezes
adotando estruturas mais burocráticas e processos decisórios complexos.
Portanto, enquanto as empresas privadas podem ter mais flexibilidade para implementar
estratégias de diversidade em busca de vantagem competitiva, as instituições públicas enfrentam
obstáculos únicos que podem dificultar a adoção de abordagens semelhantes.
Dando continuidade, posteriormente, para mapear e visualizar a rede estabelecida entre os
pesquisadores citantes em relação aos citados conjuntamente em maior número de trabalhos,
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utilizou-se, no software UCINET a ferramenta Netdraw para visualização visual dos autores mais
citados considerando as frequências relativas à citação.
É de fundamental importância a aplicabilidade porque uma vez verificada e avaliada a da
produtividade de pesquisadores, se permite ainda identificar os centros de pesquisa mais
desenvolvidos em dada área de assunto, e dessa forma tomar decisões corretas no reconhecimento
da “solidez” de uma área científica (Guedes & Borschiver, 2005). Assim, construiu-se uma tabela com
a distribuição de frequências dos autores mais citados em artigos. Identificando ainda se era
produção individual ou em coautoria. Para identificar quem são os autores que contribuem
efetivamente, fez-se a limpeza dos dados, e ficaram para análise apenas aqueles que tivessem ao
menos dois trabalhos publicados como primeiro autor, e citados em mais de um artigo recuperado
inicialmente.
Caso fosse considerado como suficiente ter apenas publicação como primeiro autor, o número
total aumentaria de 30 para 36 autores, mas não seria suficiente para defini-los como o domínio ou
arcabouço científico da área. Por conseguinte, após a limpeza dos dados, constituiu-se o grupo alvo
participante da análise de citação de autores desta pesquisa. Gerando uma matriz simétrica de 14
linhas e 30 colunas que permitiu gerar a Figura 3.
Figura 3: Autores mais citados nos trabalhos
Fonte: Elaboração própria (2023).
As esferas em vermelho caracterizam-se como nós, ou seja - os autores dos artigos citantes. E
os quadrados azuis (n=30) são os autores mais citados no escopo dos referidos artigos identificado a
partir da lista de referências. Dentre esses, destacaram-se os cinco primeiros que estão com maior
número de citações, a saber: Cox Jr, T. (n=7) é o mais citado, indicando que suas contribuições são
consideradas extremamente relevantes para o campo. Isso pode sugerir que o trabalho oferece
fundamentos teóricos ou metodológicos que são centrais para a discussão ou análise da temática;
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seguido por Nkomo, S. M. (n=6) também emerge como uma figura central, evidenciando sua influência
significativa; Fleury, M. T. L.(n=4) se destaca por explorar diferentes abordagens e estratégias
adotadas para lidar com a diversidade cultural, incluindo políticas de recrutamento e seleção,
programas de treinamento e desenvolvimento, e a promoção de uma cultura organizacional inclusiva;
Carvalho-Freitas, M. N. (n=4) indica uma preocupação com a compreensão das condições de trabalho,
inclusão social e qualidade de vida no trabalho para pessoas com deficiência; e por último, Bardin, L.
(n=4) a qual apresenta uma contribuição importante para a pesquisa qualitativa por oferecer uma
estrutura metodológica sólida para a análise de dados qualitativos, proporcionando aos pesquisadores
ferramentas para compreender e interpretar o conteúdo textual de forma sistemática.
De modo resumido, no que diz respeito as abordagens, identificou-se que Cox Jr. (n=7) e
Nkomo (n=6) apresentam o mesmo fio condutor sobre diversidade e identidade nas organizações
seguido por Fleury, M. (n=4) com a abordagem de gerenciamento da diversidade cultural; Carvalho-
Freitas (n=4) referente a inclusão de pessoas com deficiência e Bardin (n=4) a qual é utilizada como
método de pesquisa qualitativa conhecida por Análise de Discurso e há a presença de 2 nós soltos.
Os atores da rede com maior grau de centralidade não possuem afiliação com países de língua
portuguesa. Isso pode indicar que pesquisadores de outras nacionalidades desempenham um papel
significativo na disseminação e colaboração dentro da comunidade científica estudada.
O estudo revela que entre os países de língua portuguesa, os autores brasileiros estão mais
presentes, indicando um interesse significativo do Brasil no tema abordado. Essa constatação sugere
que, embora o Brasil possa ocupar uma posição periférica na rede de colaboração acadêmica, sua
contribuição para o conhecimento na área é relevante. Este aspecto é crucial, considerando que "O
conjunto de referências dos trabalhos científicos pode ser analisado como reflexo de uma comunidade
discursiva, de modo a constituir um domínio" (Oliveira, 2018, p.57). Esse fenômeno se alinha com a Lei
de Lotka, que descreve a distribuição da produtividade dos pesquisadores, destacando que alguns
contribuem de forma significativa, enquanto outros têm uma produção mais limitada.
Assim, a presença destacada de autores brasileiros nesse contexto reforça a importância de
considerar a dinâmica da produção científica em nível internacional e a diversidade de contribuições
para o avanço do conhecimento em determinada área temática. Essas observações são fundamentais
para compreender a natureza e a evolução de um campo de estudo e para identificar possíveis lacunas
ou áreas de pesquisa emergentes.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Buscou-se conhecer a abordagem da temática “gestão da diversidade” abordada na literatura
em língua portuguesa recuperados e analisados demonstraram ter espaço para novas pesquisas,
considerando a capilaridade existente num conceito guarda-chuva. Foi possível identificar algumas
características acerca do tema pesquisado e fazer algumas inferências possíveis a partir das extrações.
No aspecto cronológico, nota-se que o período a partir do ano de 2004 até o ano de 2020, há
um equilíbrio padrão de publicações, apesar de entre os anos 2005 e 2009 haver ausência de
publicações, sendo retomada as publicações acerca dos temas analisados no ano de 2010. Este aspecto
demonstra que as discussões nos países que publicam em língua portuguesa são mais recentes
sugerindo talvez um acompanhamento das discussões sobre a Agenda 2030.
Ademais, os autores que possuem maior grau de centralidade na rede, são autores com
afiliações em países de língua inglesa.
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Não há nenhum autor predominante no que diz respeito a autoria das publicações avaliadas.
No entanto, se esta pesquisa se estender a publicações em língua inglesa, é possível que se identifique
o domínio da área que vem sendo discutida a mais tempo em outros países e esta seria a
recomendação para estudos futuros.
Também não foi identificada na amostra periódicos representativos na temática. Para esta
questão, recomenda-se também a ampliação da amostra e análise de cocitação de periódicos afim de
identificar os títulos de maior impacto na temática.
Como recomendação a trabalhos futuros, é interessante a utilização de outras bases de
informação, ampliando os idiomas da publicação que podem tornar os resultados mais abrangentes,
possibilitando aumento da amostra analisada, que pode ser considerada uma limitação desta
investigação.
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