Revista EDICIC, San José (Costa Rica), v.4, e-4824, p.1-12, 2024. ISSN: 2236-5753
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O Museu Amazônico possui um Plano Museológico como ferramenta de planejamento
estratégico, que, em conjunto com o Regimento Interno, estabelece e sistematiza as ações e objetivos
do museu, bem como sua interação com a sociedade.
A estrutura do museu está dividida em 3 endereços distribuídos na cidade de Manaus. O
primeiro, a sede, corresponde ao prédio principal e aos salões de exposição, localizado no Av. Ramos
Ferreira, n. 1036, no Centro Histórico de Manaus.
Esse prédio está localizado no Centro Histórico de Manaus, área tombada pelo Instituto do
Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), portanto deve manter suas características de
ambiência local, tais como fachadas e volumetria atual da edificação. Nesse endereço, há ainda o
prédio anexo, que abriga, conforme exposto anteriormente, a biblioteca setorial e parte administrativa
do museu, além da reserva técnica.
Devido à necessidade de espaço para a guarda e o tratamento do acervo na sede, parte das
divisões de Pesquisa e Documentação Histórica (DPDH) e de Museologia do Museu Amazônico ocupam
algumas salas do edifício que anteriormente abrigava a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da
UFAM, localizado na Rua Comendador Alexandre Amorim, n.º 330, no bairro Aparecida.
O terceiro endereço corresponde a uma edificação construída pela Petróleo Brasileiro S/A
(Petrobras), por meio de convênio com a UFAM, localizada no setor sul do campus da UFAM, na Av.
General Rodrigo Octávio, n. 6200, bairro Coroado I, e abriga a Divisão de Arqueologia, com estrutura
específica para salvaguarda de materiais dos sítios arqueológicos da região.
Quanto ao acervo, o museu possui um vasto número de itens documentais, etnográficos e
arqueológicos. A Divisão de Arqueologia abriga cerca de 30 toneladas de material arqueológico,
adquirido pelo museu por meio de doações, projetos de pesquisa e de licenciamento ambiental, sendo
composto por cerâmica; material lítico; ossos humanos; material vegetal carbonizado; amostras de
sedimentos e alguns artefatos históricos (UFAM, 2019b).
Na Divisão de Museologia, estão 14 coleções, provenientes de doações e compras, que
documentam diversos aspectos da história e memória da Amazônia e contemplam diferentes espaços
e tempos das sociedades e culturas da região Norte do Brasil, em especial do estado do Amazonas
(UFAM, 2019c).
A Divisão de Pesquisa e Documentação Histórica abriga um acervo documental de grande
relevância para a história e cultura da região amazônica. Este acervo inclui conjuntos documentais que
possuem um forte vínculo de identidade e relação com a região amazônica, seja do ponto de vista
cultural, econômico ou social (UFAM, 2019d).
Além disso, a biblioteca setorial reúne um acervo especializado nas temáticas amazônicas, que
contempla obras e coleções especiais adquiridas por compra, bem como uma considerável parte
proveniente de doações de acervos pessoais de autores e personalidades relacionadas à área.
No que diz respeito às exposições, durante o período da visita, o museu estava apresentando
três exposições ativas. A primeira delas, intitulada "A Amazônia sob o olhar de Silvino Santos", de curta
duração e destacava parte da trajetória de Silvino Santos. Originário de Ceviche do Bonjardim, em
Portugal, ele migrou para o norte do Brasil e tornou-se cineasta e fotógrafo, sendo considerado um
dos pioneiros do cinema brasileiro.