Revista EDICIC, San José (Costa Rica), v.4, e-4224, p.1-13, 2024. ISSN: 2236-5753
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Um estudo realizado por Marcondes, Mendonça e Carvalho (2006), com 209 bibliotecas
universitárias de todas as regiões geográficas do país, tendo como critério de seleção as Universidades
com maior número de cursos de Pós-Graduação, segundo o site da Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior (CAPES), considerando-se as sete primeiras Universidades de cada região,
concluiu que a maioria das bibliotecas universitárias, ainda, não iniciou a transição de seus serviços
rumo à biblioteca híbrida.
Silva et al. (2019, p. 4), afirmam que:
[…] diante dessa reflexão, pode-se compreender que a biblioteca híbrida a partir de sua função
articuladora e integradora, tanto das bibliotecas tradicionais quanto das totalmente digitais, se
torna um elemento complexo de mediação frente ao papel integrador do mediador da informação
na Sociedade Pós-Moderna (Silva et al. 2019, p. 4).
Como a mediação da informação é um processo que envolve “[...] toda ação de interferência,
realizada pelo profissional da informação, direta ou indireta; consciente ou inconsciente; singular ou
plural; individual ou coletiva, que propicia a apropriação de que satisfaça, plena ou parcialmente, uma
necessidade informacional” (Almeida Júnior, 2015, p. 9).
A biblioteca híbrida se apresenta como uma possibilidade real frente aos desafios e anseios da
sociedade contemporânea, sobretudo, em se tratando da mediação da informação como um processo
necessário na era digital, onde a informação transita de forma fluida e efémera.
Neste contexto, a biblioteca híbrida com o aporte da Internet, potencia-se cada vez mais, visto
que, a Web representa uma mudança de paradigma radical com relação aos serviços bibliotecários.
Ela proporciona um ambiente informacional amplo, global, de alcance nunca visto pelos antigos
serviços bibliotecários, acostumados a trabalhar num ambiente delimitado, com uma comunidade de
usuários identificável, restrita e até mesmo, conhecida pessoalmente.
No novo ambiente, numa escala mundial, os usuários podem ter acesso a diferentes recursos,
independentes de sua localização física (Marcondes; Mendonça; Carvalho, 2006). E, mediante esse
entendimento, a mediação da informação se torna, cada vez mais, um imperativo dentro da
conjuntura social, política, econômica, cultural e, principalmente, dentro do paradigma informacional
na contemporaneidade.
2.1.2 Mediação da Informação
De acordo com Miranda, Leite e Suaiden (2008), as principais características das bibliotecas
híbridas são: oferecer aos seus usuários múltiplas ferramentas de acesso aos serviços e produtos de
informação a partir do uso das tecnologias e principalmente criar ambientes para o processo de
mediação de leitura e, por conseguinte, a mudança social dos estudantes, clientes, usuários entres
outros sujeitos (Miranda; Leite; Suaiden, 2008).
A leitura em dispositivo digital é um processo irreversível, diante do avanço dos processos
tecnológicos do presente século. Tanto em papel quanto em tela digital, a leitura apresenta seus
valores de cognições, sendo relevante, confirme declara Ribeiro (2009, p. 30):
[...] se o mundo oferece as possibilidades de papel e de cristal líquido, então é bom que o leitor
saiba que pode ter o domínio de todas. [...] uma longa sequência de páginas reunidas dentro de